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A União dos Sagrados Masculino e Feminino

A palavra Sagrado remete a respeito ou algo que merece veneração por ter ligação a divindade que está presente em tudo que existe.

Olhando para os seres sabemos que cada um veio a esta experiência trazendo uma representação do  sagrado .Podemos então pegar uma fatia desta visão divina da vida e trazer para o que hoje tem se falado muito que são as representações  do Sagrado como Feminino (mulheres) e Masculino (homens).

Bom ,para alguns  aí que começa a confusão.
Se falarmos de polaridades todos temos a energia feminina e masculina , Yin e Yang , em que cada uma tem o seu papel importante na construção da vida,que em junção e equilíbrio fazem grandes construções  . Uns confundem a ligação do sagrado com o feminismo  e machismo, se distanciando do sentido verdadeiro do sagrado que antecede a tudo isso e onde não existe separação.

Cada um de nós trazemos em essência a divindade que somos, independente do sexo, religião, orientação sexual, status social, somos divinos e parte de tudo e o movimento de negar a isso traz grandes conflitos entre a nossa alma e mente.

Da conexão com o  sagrado trazemos  para luz a divindade presente em nós e pode-se fazer isso respeitando cada arquétipo feminino e masculino que ao serem acessados seja no homem ou na mulher irão  levar para o verdadeiro sentido do que vem a ser a maturidade.

Um ser maduro é capaz de respeitar o que quer que seja , incluir o máximo de tudo , se enxergar e unir a sua força sem precisar mais entrar em guerras interiores e exteriores por se conhecer e se reconhecer no outro  .

Existem  mistérios envolvendo estes movimentos onde mulheres cada vez mais se interessam em reconhecer este divino nelas o que  tem levado mais homens a também se interessarem em  fazer esta conexão.

Algumas tribos antigas já faziam isso através dos ritos de passagem onde o homem e a mulher recebiam seu lugar no mundo dentro da representação das divindades e dos ancestrais , geralmente nestes lugares cada um exercia o seu papel de forma madura e era visto e reconhecido por todos.

Atualmente isso quase não existe e os ritos de passagem são bem distorcidos, mas este tema vou aprofundar em um outro texto, o importante é sabermos que em essência somos todos divinos e carregar esta informação, que vem da alma, nos faz amadurecer e tomar o nosso lugar no mundo de forma mais respeitosa e harmoniosa.

Geralmente conhecemos primeiro como representação da mulher a mãe e do homem o pai, e sabemos que vai muito além disso, pois ao acessarmos o divino reconhecemos e reencontramos a nossa divindade através do que representamos nesta experiência.

Ao acessar o feminino sagrado as mulheres não veem mais apenas a mãe como representante mas todas quer vieram antes dela, recebem a força das suas experiências e podem acolher melhor o movimento de cura que se estende até a sua chegada nesta árvore genealógica, deste movimento nasce a conexão com as divindades femininas e reconhecimento nas outras desta parte sagrada.

O mesmo acontece com os homens que acessam o seu sagrado, reconhecendo que  também precisa ser curado, onde nos momentos de dor e passividade  muitas vezes a sua potência foi colocada a prova, ensinado a não chorar, disputar espaço  e agredi.

Quando um homem e uma mulher aceitam o sua inteireza tudo que é visto como distúrbio como a passividade , manipulação , vulnerabilidade, disputa e agressividade ganham o seu lugar e passa a servir a um propósito maior. O movimento de cura sempre  acontece na integração do que é excluído em todos nós para que se harmonize e cumpra o seu papel.

Encontrando o que somos deixamos que os outros sejam , nossa forma de comunicar com o mundo fica clara pois existe clareza em nós ,  através da nossa cura todos os relacionamentos que temos ganham força.
Homem e Mulher ganham o verdadeiro sentido da palavra munidos de energia e pulso de vida , sem disputa por espaço .

Acredito que essa intimidade com o que é sagrado ,nasce a coragem de ser verdadeiramente intimo nas relações.
O Sagrado Feminino e Masculino vêm mostrar que não somos iguais mas semelhantes e esta semelhança em essência é o que nos une e unidos realmente fazemos novos movimentos para que outros tenham acesso ao que já reconhecemos em nós.

Munidos da nossa melhor versão, mais madura e então Sagrada abraçamos a dignidade dentro e fora de forma que o respeito por tudo que é contrário serve para nos mostrar mais do que somos e de onde viemos.

E o “para onde vamos” se torna o próprio caminho Divino.

Texto: Eddy Maia

Fonte: Curandeiras de Si 

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